Eu não sei o que é mais difícil, digitar, mesmo com muita dor no braço, em um pequeno teclado de um smartphone, no escuro, para poder escrever sobre você ou ter que me policiar para manter você longe dos meus pensamentos, da melhor forma que eu puder, para me privar da necessidade de escrever, sobre você.
Mas mesmo me policiando, eu nem sempre tenho êxito. Um dia tem 24 horas e eu passo tantas delas acordada que a quantidade de pensamentos a nosso respeito é imensa.
Eu penso sobre ir embora, sobre o medo de não te ver antes de partir, o receio de me arrepender caso isso aconteça, medo de que isso não importe, para você.
Faço considerações sobre minhas atitudes, sobre as suas decisões, sobre como as coisas poderiam ser diferentes caso eu fosse mais forte. Ou eu fui forte até o ponto onde ser forte já não não adiantava mais?
Por que você não ficou para me explicar? Eu precisava tanto de alguém para me reerguer, eu precisava tanto de você para me ajudar a consertar tudo o que nós erramos.
E eu penso nisso tudo até quando decido que não vou pensar, eu sinto você nas situações mais aleatórias, você sempre esteve aqui e qualquer lugar que eu vá é só mais um motivo para pensar em você.
E o que eu mais penso, o que eu mais sinto, é que eu sinto muito. Sinto muito se hoje eu me sinto assim, se ontem eu me sentia assim, se eu vou sempre me sentir assim. Sinto muito se fui eu quem levou o nosso caminho certo a esse desvio torto. E se não fui eu, eu sinto muito por fazer parte desse desvio.
E torço para que tudo isso seja somente um desvio torto, que tenha nos tirado de um longo caminho tão certo. Mesmo que eu vá embora, mesmo que a gente não se veja antes de eu partir. Mesmo que eu nunca vá.
Uma parte de você sempre vai comigo e um pedaço de mim sempre será seu.
L I N D O
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