domingo, 29 de setembro de 2013

Plano falível

Hoje é um daqueles dias que eu procrastino ao máximo a hora de dormir. Na verdade, a hora de deitar. Pegar no sono leva muito mais tempo nesses dias, como se nos outros já não levasse tempo suficiente.

Deitar é tortura. É tempo (demais) sozinha com tudo que tenho aqui dentro. Principalmente nesses dias que tudo se choca dentro de mim e quer sair, geralmente em forma de lágrimas. Aquelas que eu seguro com todas as forças.

Meu plano, na maioria das vezes falível, é me manter distraída, acordada, o máximo que puder. Não me importa o passar das horas, me importa recostar a cabeça quando meu corpo já não tiver mais energia para pensamentos, apenas para sucumbir ao cansaço. Nesse momento é tanto que deito e pego no sono.

 Quando falho, deito e o cansaço some. Dando espaço aos pensamentos que me deixam acordada. Que me torturam. Que me levam a acordar exausta no dia seguinte. Seja pelo cansaço, pelas poucas horas de sono, pelas horas de sonho.

Às vezes, me rendo. Depois do derramar de lágrimas o corpo se tem por satisfeito e pára de lutar, atingindo o sono que pretendia ter desde o começo.